Linha imaginária


-Equilibrar-se-

Falar sobre infernos e paraísos metafóricos não me é mais necessário. Aceito que limpar a boca e a maquiagem impregnadas de erros sangrentos me aprisione em certa nostalgia – entenda-me. Mas o amor que sinto a esses pecados é pela força das coisas que vivi.

O que posso fazer do que vivi?

Foram noites sujas, mujitas vezes. Noites em que só me via decadência – mas, entenda, é essa a parte que mais me agrada.

Não me restam muitas dúvidas agora. Não as gritantes de antes que me levavam ao lento suicidio que me aliviavam psicoses. Não mais, agora é só silêncio. Paz, entende a força disso?

Mas, oh Deus! Não pense que estou reclamando do preço a que me vendi. Foram alguns bons anos em 6 meses. E, se almas são mandadas ao inferno por castigo, o que fariam comigo se era lá que eu amava ficar?

…continua, sempre continua…

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